quinta-feira, 31 de maio de 2012

O caminho que me levou até a profissão de RP



Há muito meus amigos estão pedindo que eu dê minha contribuição ao blog. Eu hesitei um pouco, confesso, porque tenho a péssima mania de romantizar tudo o que escrevo, mas aqui estou. Se meu texto está sendo lido, é porque, de alguma maneira, agradou a alguém.
Talvez eu não seja a pessoa mais indicada pra falar do curso de Relações Públicas. Antes de cursar a escola de comunicação da UniBrasil, me preparei para a carreira militar - queria servir à Aeronáutica – tentei cursar Sistemas da Informação – um completo fracasso – e por fim, quase me formei em Pedagogia. Ainda tenho muitos livros sobre Piaget, Vygotsky e Paulo Freire. Entrei sem conhecer o curso, sem saber o que esperar dele.
Há alguns anos, numa dessas tardes que não há nada pra fazer (saudade desse tempo), assisti Menina dos olhos, filme de 2004, estrelado por nada mais, nada menos que o Ben AffleK.  Enfim, no filme, o personagem é um homem bem sucedido, que parece ter tudo o que sempre quis. Ele é um RP.  Talvez tenha sido esse o meu primeiro contato com o que viria a ser a minha profissão.
Eu sei, eu sei. Alguns retógrados vão dizer “Como pode alguém escolher a profissão só porque viu num filme”? ou “Que ingenuidade!”, mas sejamos sinceros: o que sabemos sobre as Relações Públicas hoje? Quantos Relações Públicas nós conhecemos?
Conheço uma mocinha que diz que soube, desde sempre, que o que ela queria mesmo era ser RP. Cá entre nós, sabem aquela pergunta que costumamos fazer para as crianças? “O que você quer ser quando crescer?” A probabilidade de que uma delas diga, toda orgulhosa, que quer ser Relações Públicas é quase nula.  A nossa profissão ainda não pode esperar tanto.
O fato é que quando se escolhe cursar Relações Públicas, se escolhe desbravar o que poucos desbravaram, se escolhe seguir um caminho sem precedentes. Considero-me uma heroína por isso.
Confesso que nem tudo é como eu pensei que seria. Talvez a parte sobre ser bem sucedida e ter tudo o que eu sempre quis não aconteça, mas eu não desisti dos sonhos que tinha no início, só adaptei alguns detalhes.
Sou completamente apaixonada pela minha profissão, ainda tenho dúvidas e ainda tenho muito o que aprender, mas acredito que essa paixão só vai crescer.
Quem acompanhou as postagens anteriores já sabe que organizar eventos e cerimoniais não é nossa única atribuição, afinal, ninguém precisa estudar tanto pra fazer isso! No inicio a gente não sabe muito bem no que quer se especializar, mas agora, quase no último período, posso dizer que assessoria de imprensa e gerenciamento de crises são duas áreas que despertam uma espécie de êxtase em mim.
Lembro que no primeiro ano de faculdade eu e meus colegas costumávamos conversar sobre as oportunidades no mercado. Hoje, minhas dúvidas quanto a isso passaram, tenho amigos estagiando em empresas que certamente vão agregar muito à formação deles.
E por falar em estágio, tenho a felicidade de estagiar em dois lugares completamente diferentes, com direcionamentos diferentes. Pela manhã, faço estágio no Tribunal de Contas do Estado, e à tarde, na M5 Comunicação Integrada.  No TCE, sou responsável pela diagramação e alguns textos do boletim interno, que é semanal. Na M5, faço assessoria de imprensa. É um aprendizado diário, e sim, para aqueles que estão começando, tudo aquilo que aprendemos na faculdade sobre clipping, mailling e relacionamento com a mídia é verdade.
Ainda erro a estrutura do release e deixo de responder aquelas seis perguntinhas básicas do lead, mas tenho grandes profissionais por perto, que me orientam, me corrigem e que certamente servem de espelho pra mim.
A curto prazo, pretendo prestar concurso para a Infraero (para ver na prática o que aprendi sobre gerenciamento de crises) e passar no processo seletivo da Rede Globo, sim, vou continuar tentando, já cheguei bem perto. Além disso, quero mudar para o Rio de Janeiro e trabalhar em alguma empresa que faz assessoria para artistas.
No mais, sonho ter minha própria biblioteca e sobreviver do que eu escrevo, seja por meio de assessoria de imprensa ou das páginas do livro que eu escrevo há mais de um ano e que espero que alguma editora publique.

Jordana Melo
7RPAN – UniBrasil
@JordanaSMelo


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