domingo, 13 de maio de 2012

Conhecendo a história das Relações Públicas

Por: Alyne Nunes e Faria e Marcélia Martins

A profissão Relações Públicas começou nos EUA, com o reconhecimento da importância da opinião pública para a manutenção ou fortalecimento das atividades. No final do século XIX e início do século XX, marcaram o aparecimento dos monopólios nos EUA, como: William Vanderbil que era dono das estradas de ferro, John D. Rockfeller no setor petrolífico e J.P. Morgan, do sistema bancário. Vanderbil, desativou uma linha férrea que ia de New York a Chicago, sem se importar pelo interesse da sociedade pela manutenção. Questionado pela sua indiferença disse: “The public be damned” (“O público que se dane”). Essa famosa expressão da declaração de Vanderbil foi negativa para a opinião pública, então ele tentou desmentir a entrevista, entretanto, a opinião pública começou a ficar desfavorável ao poderio e as praticas dos grandes monopólios.
Problemas como o acúmulo de riquezas de forma desigual, a exploração da mão-de-obra, a concorrência comercial desleal e a influência política da classe econômica, geraram um clima de insatisfação no país que desencadeou movimentos de contestação. Levando os donos dos monopólios a assumirem novas políticas sociais, comunicacionais e administrativas para reverter a situação. O crescimento da onda de protestos obrigou o governo norte-americano a tomar algumas medidas legais e propor ao Congresso leis contra os monopólios e cartéis.
Os empresários sentiram, então, necessidade de vir a público para tentar explicar suas atividades, por intermédio de advogados e jornalistas. Foi quando John D. Rockefeller Jr. contratou os serviços de Ivy Lee, um antigo jornalista nova-iorquino, que não se limitou apenas no campo da comunicação, através da assessoria de imprensa, mas realizou projetos no campo social e sugeriu mudanças no comportamento pessoal do empresário que foi acusado de mandar atirar contra trabalhadores na greve da Colorado Fuel and Iron Co. Para melhorar a imagem pública do empresário, foram fundadas organizações filantrópicas, centros de pesquisa, universidades, hospitais, museus, concedeu bolsas de estudo em nome dos Rockfeller e dispensou os agentes de segurança pessoais do empresário que se preocupava com a política discriminatória do mundo dos negócios. Ivy Lee desenvolvia um trabalho que ia além da propaganda e da divulgação, ele elaborava estratégias de relacionamento e comunicação para persuadir a opinião pública a posicionar-se a favor destas corporações.

Muitas outras providências foram tomadas, todas procurando humanizar a corporação aos olhos do povo. Lee foi o primeiro a colocar em prática os princípios e as técnicas de Relações Públicas. As desigualdades sociais, a propagação dos ideais comunistas, o fortalecimento dos sindicatos, o aparecimento dos conflitos entre a classe trabalhadora e as indústrias, os movimentos literários de contestação, as atitudes públicas dos grandes capitalistas e as novas relações trabalhistas caracterizam o cenário de surgimento da profissão Relações Públicas nos EUA.
Segundo o Portal RP, houve outros que se destacaram no mundo empresrarial, com os mesmos princípios de Relações públicas, como: George Michaelis, James Ellsworth, Pendlenton Dudley e George Creel. Este último, também jornalista, foi convidado pelo presidente Wilson para organizar a "United Public Information Office", que funcionou como um dos primeiros serviços de Relações Públicas no âmbito governamental.
Os homens que trabalharam com George Creel (Carl Byoir, Edward Bernays, Harvey O’Higgins, John Price Jones e outros) levaram sua experiência e conhecimentos técnicos para as empresas privadas. Edward Bernays publicava seu livro "Crystallizing Public Opinion" (1923), que pode ser considerado como a primeira obra sobre Relações Públicas. Pode-se dizer, igualmente, que Bernays foi o primeiro professor de Relações Públicas, no meio universitário, quando lecionou naquele ano Relações Públicas na Universidade de Nova Iorque.


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