sexta-feira, 26 de outubro de 2012

O papel do Relações Públicas na prefeitura de Curitiba

Por: Alyne Faria
 
 
A profissão de Relações Públicas tem ganhado o mercado de trabalho nos últimos anos com divulgação de cursos e atividades desenvolvidas. Para descobrir se essa profissão se faz presente também na área pública, entramos em contato com a Secretaria de Comunicação da Prefeitura Municipal de Curitiba.  A diretora do Departamento de Relações Públicas da Secretaria Municipal da Comunicação Social, Lucélia Auriquio Newton, respondeu ao contato e aproveitamos para tirar algumas dúvidas sobre ela, que atua na área desde 1991.

 

 Você é formada em Relações Públicas? Formou-se quando? Em qual instituição?
 Formada em relações públicas, em 1985 na Universidade Federal do Paraná
 
Como soube do curso? O que te chamou mais a atenção?
Na verdade, entrei com 16 anos no curso de educação física, influenciada por uma amiga. Havia feito orientação vocacional que apontava as áreas de humanas, mas com 16 anos você não dá muita atenção para o que tem importância. Como o curso de educação física não tinha nada a ver comigo. Na abertura das inscrições para o vestibular, abri o guia do candidato e quando li que RP tinha a ver com organização de eventos e relacionamento com os diversos públicos achei que tinha tudo a ver comigo, assim foi minha opção.
 
Em qual Setor/Secretaria trabalha? Há quanto tempo você trabalha na PMC? Qual a sua função?
Entrei na Prefeitura como estagiária de 2º grau, fiz toda a faculdade como estagiaria. Quando terminei a Faculdade fui contratada e mais tarde, em 1991, teve concurso público para a carreira de  relações públicas, fiz, passei em 2º lugar e me tornei estatutária da Prefeitura de Curitiba.
 Sou diretora do Departamento de Relações Públicas da Secretaria Municipal da Comunicação Social há 6 anos.
Em1995 fui convidada para criar a Coordenadoria de Relações Públicas no Governo do Estado do Paraná e fiquei no governo estadual até 2002.
 
Quais as atividades desenvolvidas por um RP dentro da PMC?
A história do Departamento de Rp na Prefeitura é extensa. Já fomos responsáveis por todos os eventos da Prefeitura. A partir dos anos 90, com a cidade crescendo e a estrutura da Prefeitura também, nós ficamos responsáveis pelo atendimento à imprensa nacional e internacional, pela atenção na manutenção da boa imagem da cidade, como  principais atribuições. Hoje nossos clientes são a imprensa e produtoras de comercias e cinema que buscam locações na cidade para as suas gravações.
 
Todos os profissionais de RP na PMC são concursados?
Sim, hoje somos três  RPs em toda a Prefeitura, concursadas.
 
A remuneração dos funcionários públicos dessa área é a mesma do funcionário de Instituição Particular?
O vencimento básico inicial da carreira de Rp e de jornalista na Prefeitura, ambos para a carga horária semanal de 25 horas semanais é de R$ 1418,21. Não conheço os valores praticados pelo mercado
 
Qual a sua visão sobre o curso de Relações Públicas atualmente?
Fiz especialização em Comunicação Pública e recentemente fiz mais um curso com o Jorge Duarte, assessor desta área na Presidência e acredito que o caminho na área pública é esse: profissões da Comunicação trabalhando juntas na transparência das informações, no planejamento de ações que estabeleçam relacionamento com os diversos públicos do poder público. Grande desafio para os dias de hoje, onde a informação está em todo lugar em qualquer tempo.
 
Como o profissional é visto perante as instituições, tanto públicas como privadas?
Desde a minha época de faculdade, existia uma preocupação do relações públicas em ser reconhecido, vi e participei junto aos Conselho de Rp de alguns trabalhos com esta finalidade. Não acredito que isso tenha mudado muito, aliás, ao contrário, são tantos os profissionais da área de comunicação hoje que a confusão ficou maior ainda.
 Hoje acho que o sucesso do profissional depende muito mais da pró atividade, capacidade de trabalho em grupo, cultura geral, conhecimento de idiomas, talento e dedicação em estabelecer relacionamentos, do que a denominação do cargo exercido.
Talvez hoje, proporcionalmente, menos pessoas saibam o que pode fazer um relações públicas por suas empresas, mas também, talvez hoje o poder público precise muito mais de profissionais de relações públicas.
Não sei prever o futuro da profissão, mas, acredito que com competência, empenho e oportunidade o bom profissional se estabelece.
 
** Como nunca trabalhei em empresas privadas, não posso falar desta experiência, nem deste mercado.
 

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Relações Públicas e Marketing de Relacionamento

Por Robson Kotarski Lara
 
Acompanhando as mudanças, profissionais de diversas áreas ajustaram suas bases e se encontram fortemente armados para lidar com os limites am­bientais (macroambientes). Dentre eles, os profissionais de Relações públicas merecem especial destaque, por terem incrementado suas técnicas, passando a usar também as estratégias de marketing de relacionamento, que permitem cruzar dados e mapear novas tendências e, portanto, prever novos rumos para conquistar o público-alvo.  
Atualmente as organizações buscam estabelecer uma relação bastante estreita com seu público, sempre se adaptando às mudanças do mercado de trabalho e desenvolvendo ações de marketing de relacionamento com apoio de profissionais de Relações Públicas, estabelecendo condições e formando uma imagem positiva entre as organizações e seus públicos, tornando-se uma estratégia organizacional para ambas as áreas.
Diversos autores, como Simões (1993), Kunsch (1997) e Andrade (2001), enfatizam que é de responsabilidade da área de Relações Públicas o desenvolvimento de políticas e estratégias de comunicação, voltadas para a construção de uma imagem positiva e, consequente, opinião favorável, relativas a uma organização perante os seus diferentes públicos. A área de Relações Públicas foca seus estudos na construção de uma imagem organizacional positiva gerada por estratégias de comunicação, ou seja, a construção desta imagem positiva se dá através de contatos sociais dentro de um processo. A área de Marketing de Relacionamento trabalha dentro de um contexto de troca entre as partes, ou seja, existe uma motivação provinda de uma relação comercial, que se traduz em um processo quantitativo.
França (2004) destaca que a transformação do mundo empresarial conduz a área de Relações Públicas a revisar seus conceitos. A nova realidade empresarial, baseada na competitividade, produtividade e redução de custos, induz as empresas à modernização, flexibilização e respostas rápidas ao mercado. Com a globalização, as empresas vem ditando novas regras de conduta e cabe aos relações públicas traçar políticas de comunicação integrando a ferramenta de marketing de relacionamento, estabelecendo uma relação mais efetiva com o público para estabelecer e manter relações a longo prazo. Ou seja, Relações públicas e marketing de relacionamento aliaram estratégias mercadológicas a ações que não se destinam diretamente a vendas, mas podem ser traduzidas como esforços no sentido de fortalecer o conceito da organização. Tudo isto num esforço de se aproximar cada vez mais dos clientes a ponto de antecipar-se às suas necessidades.
O marketing de relacionamento também compreendeu que deveria investir não apenas nos clientes para impulsionar as vendas, mas em todos aqueles que influenciam de al­guma forma no produto final – o que é defendido pelas relações públicas.
No entanto, isto não impede que marketing de relacionamento e relações públicas traba­lhem em conjunto, somando esforços para que a organização atinja e até mes­mo ultrapasse seus objetivos. O marketing de relacionamento com suas ações de modo mercado­lógico e as relações públicas fortalecendo o conceito da organização através de ações sociais e institucionais. Enfim, mostrando o que a organiza­ção produz e que não tem como destino às prateleiras.

 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ANDRADE, C.T.S. 2001. Para entender Relações Públicas. São Paulo, Editora Loyola, 2001.
FRANÇA, F. 2004. Relações Públicas: visão 2000. In: KUNSCH, M.M.K. Obtendo resultados com Relações Públicas. São Paulo, Pioneira.
KUNSCH, M.M.K. 2003. Planejamento de Relações Públicas na comunicação integrada. São Paulo, Summus.
SIMÕES, R.J.P. Relações Públicas e seus fundamentos em micropolítica. 1993. Porto Alegre, RS. Tese de Doutorado. Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul – PUCRS

terça-feira, 16 de outubro de 2012

I Oficina de Elaboração de Projetos Sociais e Mobilização de Recursos

Por: Gustavo Heinzen


Nos dias 29 de setembro e 6 de outubro foi realizada, na UniBrasil pela coordenadora do curso de Relações Públicas da faculdade, Carol Pineli, a I Oficina de Elaboração de Projetos Sociais e Mobilização de Recursos, ministrada pela Relações Públicas, Fernanda Salles, coordenadora de projetos da Associação Socorro aos Necessitados. Essa associação é mantenedora do Lar dos Idosos Recanto do Tarumã e atende aproximadamente 120 idosos.

Durante a oficina, Fernanda Salles falou da relevância de um planejamento para obter êxito no resultado. Ela detalhou os aspectos importantes que muitas vezes é esquecido como para quem deve ser oferecido o projeto, que tipo de ação precisa ser feita e ter atenção com o tempo e dinheiro.

Salles destacou que existe muito recurso financeiro disponível, mas que a falta de bons projetos é o que faz com que o dinheiro não seja investido. “Existem muitos programas do governo e das empresas privadas que disponibilizam dinheiro para investir em ONGs e atividades filantrópicas, mas não são apresentados bons projetos, o que deixa o dinheiro parado”, explicou.

Foram apresentados diversos projetos como da moeda própria no Conjunto Palmeiras, bairro de Fortaleza, onde a Associação dos Moradores do Conjunto Palmeiras criou a Moeda Palma para fortificar o crescimento do local.

Também foram apresentadas novas formas de arrecadação de recursos financeiros para uma ação através da internet, como o sistema crowdfunding, que é uma espécie de “vaquinha” através de quem tem interesse em ajudar.

A Oficina foi muito importante para diversos estudantes de Relações Públicas e Publicidade e Propaganda que estão em processo de construção de TCC com as ONGs de Curitiba e Região Metropolitana.

Além dos alunos, representantes de institutos e ONGs estiveram presente no evento, como é o caso da Elizabeth Piovezan, presidente do Instituto Alzheimer Brasil – IAB. Fundada há quatro meses, o Instituto é uma entidade sem fins lucrativos que tem como missão diminuir o impacto da doença de Alzheimer. “Uma oficina como essa, ofertada gratuitamente, é muito importante para a IAB, que está começando agora, saber como mobilizar recursos para a minha entidade”, destacou Piovezan.

No final da Oficina teve o sorteio de um cd de samba gravado pelos idosos do Lar dos Idosos Recanto do Tarumã que Fernanda Salles trabalha.

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Assessoria de Comunicação do PROCON-PR

Por Maryne - estagiária de RP do Procon

Como a procura pelo Procon vem crescendo cada vez mais, a importância da Assessoria de Imprensa é fundamental. O Órgão é base de notícias para muitos veículos que procuram informações, dicas, novidades, recomendações, pesquisas, números, acontecimentos, depoimentos e diversas formas para suas próprias matérias.

O Procon, através de seu sistema, oferece dados de reclamações para os demais veículos de comunicação. Esse levantamento, que costuma gerar muita repercussão nos canais, é realizado pelo assessor de imprensa, aumentando assim a procura por entrevistas com a diretora Claudia Silvano e outras servidoras do órgão.

O DEP (Divisão de Estudos e Pesquisas) é o setor responsável pela comunicação. Nele, além das pesquisas realizadas no cadastro de reclamações, também é realizada pesquisa de campo sobre os preços de produtos natalinos, de páscoa e de material escolar, informando e facilitando as compras do consumidor.

O mesmo setor é responsável pela criação, atualização e distribuição dos materiais institucionais, como cartilhas, folders, códigos etc. Oferece também um assessoramento permanente aos Procons Municipais, realizando treinamentos e eventos.

Segundo a diretora Claudia Silvano, “é muito importante manter uma assessoria para a divulgação e contato com demais veículos, o que, sem dúvida, significa a possibilidade de levar ao consumidor informações acerca de seus direitos no mercado de consumo”.

Com isso, é valido ficar de olho no que o Procon divulga para nós.

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Marcelo Schena, responsável pela Comunicação Interna na Volvo, fala da importância do estágio para a carreira de um profissional


Por Jociane Richter

Já trouxemos várias matérias falando da importância do estágio para a carreira de um futuro profissional e citamos exemplos de universiátios que estão no mercado de trabalho através de estágio.
Convidamos Marcelo Schena, responsável pela Comunicação Interna da Volvo, a dar seu testemunho de como foi seu estágio, ele ainda dá algumas dicas de como devemos nos comportar na fase do estágio.
                   João Muller (estagiário de comunicação interna), Jaqueline Cordeiro (estagiária de Responsabilidade Social), Marcelo Schena (Responsável pela comunicação interna), Jociane Richter (estagiária de Assessoria de Imprensa)
 
Blog RP:Como foi sua escolha pelo curso, e onde cursou RP?
 
Marcelo Schena: Acho que sempre gostei de conversar, desde pequeno. Não que tenha sido um bebê chorão, mas comunicar é algo que trago desde muito novo. Além disso, sou curioso, gosto dos porquês. Assim, fui crescendo e quando chegou a hora de escolher, pensava em trabalhar com comunicação. Namorei o jornalismo, por achar bacana trazer uma verdade, depois pela publicidade, pelo ego de criar e vender, mas casei com as relações públicas, por aliar o informar, do jornalista, com o formar do publicitário, e atingir outro nível de comunicação: o transformar. Transformar pessoas, projetos, culturas, empresas. Vejo RP, dentro de uma empresa como uma ferramenta de gestão.
Ah, estudei RP na UFPR.
 
Blog RP: Qual a importância que você vê em um estudante de comunicação fazer estágio?
 
Marcelo Schena: Não só para o RP, mas para todo acadêmico fazer estágio é essencial, na medida que o aproxima do seu campo de atuação. A academia traz a base teórica, que por vezes não reflete a necessidade do mercado. Por isso, é importante ir a campo. Entender como as atividades são realizadas, porque dá certo ou não, quais são as diferentes funções da área. O estágio é a chance de você experimentar, de descobrir a profissão e se descobrir dentro dela.
Mais ainda, o estágio é a via de acesso direta para o mercado. É a primeira linha do seu currículo. Ao final do curso todos estão formados, e o que mais você oferece?
Outro ponto é que no estágio o futuro profissional já começa a construir a sua rede de relacionamentos, desta forma, vale ficar atento para a reputação que você está gerando desde esse momento. Muitos dos meus contatos pessoais e profissionais que tenho hoje foram feitos no período de estágio.
 
Blog RP: Quando universitário, você participou de algum estágio? Se sim, em qual área você estagiou e qual a importância que teve para sua carreira?
 
Marcelo Schena: Desde o primeiro ano busquei estágio, tinha uma vontade muito grande de entender o que faz o RP. Inicialmente o que consegui foi uma monitoria na Agência Experimental de RP da UFPR. Neste período fiz um trabalho que me permitiu saber mais sobre a profissão, tive que cadastrar todos os relatórios de conclusão de curso de RP até aquele momento. Como não havia classificação alguma, tive que ler e criar categorias: RP hospitalar, RP institucional, assessoria de imprensa, pesquisa de comunicação, implantação de certificação, veículos internos... Foi algo trabalhoso, na época não percebi, mas hoje vejo o quanto foi importante para eu me achar na profissão.