Há muito meus amigos estão pedindo que eu dê
minha contribuição ao blog. Eu hesitei um pouco, confesso, porque tenho a
péssima mania de romantizar tudo o que escrevo, mas aqui estou. Se meu texto
está sendo lido, é porque, de alguma maneira, agradou a alguém.
Talvez eu não seja a pessoa mais indicada
pra falar do curso de Relações Públicas. Antes de cursar a escola de
comunicação da UniBrasil, me preparei para a carreira militar - queria servir à
Aeronáutica – tentei cursar Sistemas da Informação – um completo fracasso – e
por fim, quase me formei em Pedagogia. Ainda tenho muitos livros sobre Piaget,
Vygotsky e Paulo Freire. Entrei sem conhecer o curso, sem saber o que esperar
dele.
Há alguns anos, numa dessas tardes que não
há nada pra fazer (saudade desse tempo), assisti Menina dos olhos, filme
de 2004, estrelado por nada mais, nada menos que o Ben AffleK. Enfim, no filme, o personagem é um homem bem
sucedido, que parece ter tudo o que sempre quis. Ele é um RP. Talvez tenha sido esse o meu primeiro contato
com o que viria a ser a minha profissão.
Eu sei, eu sei. Alguns retógrados vão dizer
“Como pode alguém escolher a profissão só porque viu num filme”? ou “Que
ingenuidade!”, mas sejamos sinceros: o que sabemos sobre as Relações Públicas
hoje? Quantos Relações Públicas nós conhecemos?
Conheço uma mocinha que diz que soube,
desde sempre, que o que ela queria mesmo era ser RP. Cá entre nós, sabem aquela
pergunta que costumamos fazer para as crianças? “O que você quer ser quando
crescer?” A probabilidade de que uma delas diga, toda orgulhosa, que quer ser
Relações Públicas é quase nula. A nossa
profissão ainda não pode esperar tanto.
O fato é que quando se escolhe cursar
Relações Públicas, se escolhe desbravar o que poucos desbravaram, se escolhe
seguir um caminho sem precedentes. Considero-me uma heroína por isso.
Confesso que nem tudo é como eu pensei que
seria. Talvez a parte sobre ser bem sucedida e ter tudo o que eu sempre quis
não aconteça, mas eu não desisti dos sonhos que tinha no início, só adaptei
alguns detalhes.
Sou completamente apaixonada pela minha
profissão, ainda tenho dúvidas e ainda tenho muito o que aprender, mas acredito
que essa paixão só vai crescer.
Quem acompanhou as postagens anteriores já
sabe que organizar eventos e cerimoniais não é nossa única atribuição, afinal, ninguém
precisa estudar tanto pra fazer isso! No inicio a gente não sabe muito bem no
que quer se especializar, mas agora, quase no último período, posso dizer que
assessoria de imprensa e gerenciamento de crises são duas áreas que despertam
uma espécie de êxtase em mim.
Lembro que no primeiro ano de faculdade eu
e meus colegas costumávamos conversar sobre as oportunidades no mercado. Hoje,
minhas dúvidas quanto a isso passaram, tenho amigos estagiando em empresas que
certamente vão agregar muito à formação deles.
E por falar em estágio, tenho a felicidade
de estagiar em dois lugares completamente diferentes, com direcionamentos
diferentes. Pela manhã, faço estágio no Tribunal de Contas do Estado, e à
tarde, na M5 Comunicação Integrada. No
TCE, sou responsável pela diagramação e alguns textos do boletim interno, que é
semanal. Na M5, faço assessoria de imprensa. É um aprendizado diário, e sim,
para aqueles que estão começando, tudo aquilo que aprendemos na faculdade sobre
clipping, mailling e relacionamento com a mídia é verdade.
Ainda erro a estrutura do release e deixo
de responder aquelas seis perguntinhas básicas do lead, mas tenho
grandes profissionais por perto, que me orientam, me corrigem e que certamente
servem de espelho pra mim.
A curto prazo, pretendo prestar concurso
para a Infraero (para ver na prática o que aprendi sobre gerenciamento de
crises) e passar no processo seletivo da Rede Globo, sim, vou continuar
tentando, já cheguei bem perto. Além disso, quero mudar para o Rio de Janeiro e
trabalhar em alguma empresa que faz assessoria para artistas.
No mais, sonho ter minha própria biblioteca
e sobreviver do que eu escrevo, seja por meio de assessoria de imprensa ou das
páginas do livro que eu escrevo há mais de um ano e que espero que alguma editora
publique.
Jordana Melo
7RPAN – UniBrasil
@JordanaSMelo