segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Relações Públicas e Marketing de Relacionamento

Por Robson Kotarski Lara
 
Acompanhando as mudanças, profissionais de diversas áreas ajustaram suas bases e se encontram fortemente armados para lidar com os limites am­bientais (macroambientes). Dentre eles, os profissionais de Relações públicas merecem especial destaque, por terem incrementado suas técnicas, passando a usar também as estratégias de marketing de relacionamento, que permitem cruzar dados e mapear novas tendências e, portanto, prever novos rumos para conquistar o público-alvo.  
Atualmente as organizações buscam estabelecer uma relação bastante estreita com seu público, sempre se adaptando às mudanças do mercado de trabalho e desenvolvendo ações de marketing de relacionamento com apoio de profissionais de Relações Públicas, estabelecendo condições e formando uma imagem positiva entre as organizações e seus públicos, tornando-se uma estratégia organizacional para ambas as áreas.
Diversos autores, como Simões (1993), Kunsch (1997) e Andrade (2001), enfatizam que é de responsabilidade da área de Relações Públicas o desenvolvimento de políticas e estratégias de comunicação, voltadas para a construção de uma imagem positiva e, consequente, opinião favorável, relativas a uma organização perante os seus diferentes públicos. A área de Relações Públicas foca seus estudos na construção de uma imagem organizacional positiva gerada por estratégias de comunicação, ou seja, a construção desta imagem positiva se dá através de contatos sociais dentro de um processo. A área de Marketing de Relacionamento trabalha dentro de um contexto de troca entre as partes, ou seja, existe uma motivação provinda de uma relação comercial, que se traduz em um processo quantitativo.
França (2004) destaca que a transformação do mundo empresarial conduz a área de Relações Públicas a revisar seus conceitos. A nova realidade empresarial, baseada na competitividade, produtividade e redução de custos, induz as empresas à modernização, flexibilização e respostas rápidas ao mercado. Com a globalização, as empresas vem ditando novas regras de conduta e cabe aos relações públicas traçar políticas de comunicação integrando a ferramenta de marketing de relacionamento, estabelecendo uma relação mais efetiva com o público para estabelecer e manter relações a longo prazo. Ou seja, Relações públicas e marketing de relacionamento aliaram estratégias mercadológicas a ações que não se destinam diretamente a vendas, mas podem ser traduzidas como esforços no sentido de fortalecer o conceito da organização. Tudo isto num esforço de se aproximar cada vez mais dos clientes a ponto de antecipar-se às suas necessidades.
O marketing de relacionamento também compreendeu que deveria investir não apenas nos clientes para impulsionar as vendas, mas em todos aqueles que influenciam de al­guma forma no produto final – o que é defendido pelas relações públicas.
No entanto, isto não impede que marketing de relacionamento e relações públicas traba­lhem em conjunto, somando esforços para que a organização atinja e até mes­mo ultrapasse seus objetivos. O marketing de relacionamento com suas ações de modo mercado­lógico e as relações públicas fortalecendo o conceito da organização através de ações sociais e institucionais. Enfim, mostrando o que a organiza­ção produz e que não tem como destino às prateleiras.

 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ANDRADE, C.T.S. 2001. Para entender Relações Públicas. São Paulo, Editora Loyola, 2001.
FRANÇA, F. 2004. Relações Públicas: visão 2000. In: KUNSCH, M.M.K. Obtendo resultados com Relações Públicas. São Paulo, Pioneira.
KUNSCH, M.M.K. 2003. Planejamento de Relações Públicas na comunicação integrada. São Paulo, Summus.
SIMÕES, R.J.P. Relações Públicas e seus fundamentos em micropolítica. 1993. Porto Alegre, RS. Tese de Doutorado. Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul – PUCRS

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