Por Robson Kotarski Lara
Acompanhando as mudanças,
profissionais de diversas áreas ajustaram suas bases e se encontram fortemente armados
para lidar com os limites ambientais (macroambientes). Dentre eles, os
profissionais de Relações públicas merecem especial destaque, por terem
incrementado suas técnicas, passando a usar também as estratégias de marketing
de relacionamento, que permitem cruzar dados e mapear novas tendências e,
portanto, prever novos rumos para conquistar o público-alvo.
Atualmente as organizações buscam
estabelecer uma relação bastante estreita com seu público, sempre se adaptando
às mudanças do mercado de trabalho e desenvolvendo ações de marketing de
relacionamento com apoio de profissionais de Relações Públicas, estabelecendo
condições e formando uma imagem positiva entre as organizações e seus públicos,
tornando-se uma estratégia organizacional para ambas as áreas.
Diversos autores, como Simões (1993), Kunsch (1997) e Andrade
(2001), enfatizam que é de responsabilidade da área de Relações Públicas o
desenvolvimento de políticas e estratégias de comunicação, voltadas
para a construção de uma imagem positiva e, consequente, opinião
favorável, relativas a uma organização perante os seus diferentes
públicos. A área de Relações Públicas foca seus estudos na
construção de uma imagem organizacional positiva gerada por estratégias de
comunicação, ou seja, a construção desta imagem positiva se dá através de
contatos sociais dentro de um processo. A área de Marketing de Relacionamento
trabalha dentro de um contexto de troca entre as partes, ou seja, existe uma
motivação provinda de uma relação comercial, que se traduz em um processo
quantitativo.
França (2004) destaca que a transformação do mundo
empresarial conduz a área de Relações Públicas a revisar seus conceitos. A nova
realidade empresarial, baseada na competitividade, produtividade e redução
de custos, induz as empresas à modernização, flexibilização
e respostas rápidas ao mercado. Com a globalização, as empresas vem
ditando novas regras de conduta e cabe aos relações públicas traçar políticas
de comunicação integrando a ferramenta de marketing de relacionamento,
estabelecendo uma relação mais efetiva com o público para estabelecer e manter
relações a longo prazo. Ou seja, Relações públicas e
marketing de relacionamento aliaram estratégias mercadológicas a ações que não
se destinam diretamente a vendas, mas podem ser traduzidas como esforços no
sentido de fortalecer o conceito da organização. Tudo isto num esforço de se
aproximar cada vez mais dos clientes a ponto de antecipar-se às suas
necessidades.
O marketing de relacionamento também compreendeu que deveria
investir não apenas nos clientes para impulsionar as vendas, mas em todos
aqueles que influenciam de alguma forma no produto final – o que é defendido
pelas relações públicas.
No entanto, isto não impede que marketing de relacionamento e
relações públicas trabalhem em conjunto, somando esforços para que a
organização atinja e até mesmo ultrapasse seus objetivos. O marketing de
relacionamento com suas ações de modo mercadológico e as relações públicas
fortalecendo o conceito da organização através de ações sociais e
institucionais. Enfim, mostrando o que a organização produz e que não tem como
destino às prateleiras.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ANDRADE, C.T.S. 2001. Para entender Relações
Públicas. São Paulo, Editora Loyola, 2001.
FRANÇA,
F. 2004. Relações Públicas: visão 2000. In: KUNSCH, M.M.K. Obtendo resultados
com Relações Públicas. São
Paulo, Pioneira.
KUNSCH, M.M.K. 2003. Planejamento de Relações
Públicas na comunicação integrada. São Paulo, Summus.
SIMÕES,
R.J.P. Relações Públicas e seus fundamentos em micropolítica. 1993. Porto
Alegre, RS. Tese de Doutorado. Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande
do Sul – PUCRS
Nenhum comentário:
Postar um comentário