Por: Giovana Lima, Jociane Richter e Priscila Razzotto
O acesso às redes sociais não para de crescer. Segundo pesquisas, o brasileiro gasta em média 4,8 horas do seu dia conectado. Os usuários das mídias sociais criam e compartilham seu conteúdo, e como consumidores, são também influenciadores de opinião. Por isso, já é uma estratégia das empresas o monitoramento dessas mídias. Não somente o acompanhamento, mas a interpretação, análise, e estratégias visando à melhoria de seus produtos e serviços, e esta é uma importante área de atuação do profissional de relações Públicas, o posicionamento da marca e o planejamento de novas ações.
O acesso às redes sociais não para de crescer. Segundo pesquisas, o brasileiro gasta em média 4,8 horas do seu dia conectado. Os usuários das mídias sociais criam e compartilham seu conteúdo, e como consumidores, são também influenciadores de opinião. Por isso, já é uma estratégia das empresas o monitoramento dessas mídias. Não somente o acompanhamento, mas a interpretação, análise, e estratégias visando à melhoria de seus produtos e serviços, e esta é uma importante área de atuação do profissional de relações Públicas, o posicionamento da marca e o planejamento de novas ações.
Convidamos Leonardo Tanaka, Relações Públicas que atua na comunicação interna da Renault
do Brasil e foi aluno de RP na Unibrasil, para nos falar um pouco mais sobre:
Blog
RP: Como as redes sociais influenciam
no desempenho de funções do profissional de RP?
Leonardo Tanaka: As redes
sociais podem servir, dentre outras utilidades, para dar voz ao público em
geral, pois até a popularização desta ferramenta, não havia uma
fonte informativa que possibilitasse manifestações imediatas. O público era
impactado por qualquer informação e na maioria das vezes, não conseguia
expressar sua opinião, quando muito enviavam cartas aos jornais ou telefonavam
aos 0800. Até os últimos 5 ou no máximo 10 anos, eram poucos os problemas com
companhias públicas ou privadas que inflamavam alguma manifestação pública de
grande relevância e abrangência.
A grande influência dessas
redes em nossa profissão de RP é a necessidade da construção da resposta rápida,
um melhor planejamento de ações visando minimizar erros, uma boa administração e
prevenção de crises, mas principalmente, da preparação de pessoas para responder
a estas demandas de manifestos.
Blog
RP: Quais são os pontos
positivos?
Leonardo Tanaka: Sem dúvida
o termômetro instantâneo que foi criado – As
redes sociais indicam um acerto ou erro em determinada campanha com muita
rapidez. O que seriam dos “pôneis malditos” da montadora Nissan, se não
existisse Twitter ou Facebook?
Uma possível rejeição a
esta campanha em questão (o que de fato não aconteceu) poderia, por exemplo,
poupar a publicidade da empresa de veicular a propaganda em TV aberta (que tende
a ter um custo muito mais elevado).
Outro ponto positivo das
redes sociais, pode ser o crescimento e reconhecimento da nossa profissão - O
Relações Públicas pode ser também profissional que trabalhará junto com o
publicitário no estímulo às respostas e manifestações positivas em uma rede
social. Mas será também aquele que vai “gritar” para a empresa a necessidade de
um novo planejamento ou mudança na estratégia.
Blog
RP: Quais os pontos
negativos?
Leonardo Tanaka: Exatamente o
mesmo do positivo. Esta resposta rápida do público, com alta velocidade na
comunicação e manifestação é bem-vinda, porém passam a ser crítica quando não há
um monitoramento na rede.
Um boato pode se espalhar
rapidamente, formando muitas opiniões, mesmo sem ser verdade. Como RP, nosso
papel é monitorar e analisar qual é a imagem da nossa empresa na rede. Quando
necessário, publicar nestes veículos notas oficiais impedindo que algo maior
seja criado, quanto mais tempo demorar a responder, maior o caos.
A Rede Globo sofreu um
boicote com o “dia sem Globo”... Manifestação criada na rede social Facebook.
Dificilmente alguém iria para a rua protestar e sugerir tal evento. De fato,
talvez o impacto na audiência não tenha sido tão significante, mas do ponto de
vista empresarial, foi algo extremamente negativo para a marca, para as ações da
empresa e seus patrocinadores, pois mostra uma tendência do público a
rejeição.
Outra situação foi com a
RPC que teve seu veículo oficial flagrado em uma vaga exclusiva para
deficientes físicos, a foto circula pelo Facebook causando indignação em que vê,
mesmo não tendo informações se a foto é legítima, a imagem da empresa foi
ferida.
Blog
RP: Para as organizações, quais os
pontos que ainda podem ser abordados nas redes?
Leonardo Tanaka: As organizações
ainda estão muito impessoais em suas comunicações digitais e parecem desconhecer
o poder das redes sociais. As respostas às manifestações são padronizadas e
parecem servir apenas para “calar a boca” imediatamente do consumidor e não para
mostrar a verdadeira preocupação em resolver os problemas dos
clientes.
Há uma grande oportunidade
de estabelecer diversos tipos de relacionamento com este público: criar
embaixadores, defensores da marca... Identificar pessoas com interesses em comum
e fazer uma comunicação direta a eles. Criar eventos, patrocinar ícones e
formadores de opinião na web. Enfim, tem um bom caminho de possibilidades no
mundo digital.
Um case recente e
interessante foi durante o último Festival de Curitiba, onde o ator Diogo
Portugal fez uma ação simples, porém funcional. Durante a apresentação do
espetáculo Risorama, promotores seguravam tablets e de mesa em mesa, ofereciam
ingressos gratuitos para um show do comediante, em troca, o público deveria
apenas “curtir” a página do ator no facebook. Ou seja, além de garantir casa
cheia para seu próximo espetáculo, quem “curtiu” a página, automaticamente
divulgou o dome de Diogo, sua imagem e seu trabalho a todos os seus amigos, ou
seja, uma campanha, praticamente gratuita. Parece apenas uma ação publicitária
certo? Não apenas isto. Diogo estava no local adequado, executando uma ação de
relacionamento, focando em um público específico que ele desejava atingir,
usando e abusando das redes sociais, para garantir o sucesso de seu trabalho na
vida real. Oportunidade bem aproveitada!
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